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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Poesia de Cordel 2

Garanhão fim de carreira

Confesso nunca pensei
que nessa altura da vida
tinha tanto pra aprender
coisa que até Deus duvida
e numa roda de prosa
quatro viúvas formosas
colocaram na berlinda.

Para assunto de mulher
de todos, o preferido
inda que não se confesse
quando não se tem marido
é o famigerado homem
seja anjo ou lobisomem
é o que causa alarido.

Dessa vez a abordagem
foi um jogo da verdade
a cerca dos garanhões
com suas dificuldades
pois o tempo implacável
transforma o abominável
numa ex-celebridade.

Quem falou é catedrática:
o que era bom nos quarenta
fica pra lá de custoso
quando chega nos sessenta
com muita fé e oração
consegue a anunciação
só Deus sabe se levanta.

Quem quiser me contestar
não se faça de rogado
estou vendendo o peixe
por valor que foi comprado
não ganhei e nem perdi
pois nunca eu conheci
garanhão acabrunhado.

Mas entrou na minha lista
pra pedir com muita fé
Deus me livre desse fardo
que esse fardo ninguém quer
garanhão fim de carreira
é bom mas só de canseira
e para enfadar mulher.

 Se verdade ou mentira
isso eu não posso falar
mas que causou muito riso
ninguém poderá negar
com álcool ou neutralizada
cerveja faz a mulherada
suas agruras confessar.

Tere Penhabe
Santos, 27/09/2006

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